“A empresa continua a acreditar que esses processos são infundados e carecem de mérito científico”, disse um funcionário jurídico da J&J, citado na declaração. Mas o acordo vai permitir “que os autores sejam compensados em tempo hábil”, sublinhou
Empresa quer fechar acordo nos EUA com dezenas de milhares de pessoas que a processam pela acusação de que o seu talco para bebês é cancerígeno. A empresa farmacêutica americana Johnson & Johnson (J&J) anunciou nesta terça-feira (04/04) ter concordado em pagar 8,9 bilhões de dólares a dezenas de milhares de pessoas que afirmam que os talcos produzidos pela empresa, como o Baby Powder, causam câncer por conter amianto.
De acordo com o Terra Brasil Notícias, o valor é muito superior aos 2 bilhões de dólares oferecidos pela empresa em junho de 2021, depois de anos de litígio.
A empresa afirmou que o acordo, que ainda requer a aprovação de um tribunal, resolverá todas as queixas atuais e futuras de que o talco dela é cancerígeno.
A Johnson & Johnson ressalvou que o acordo não é uma admissão de culpa e insiste que o pó de talco é seguro, apesar de tê-lo retirado do mercado nos Estados Unidos e no Canadá em maio de 2022 e em seguida ter anunciado que faria o mesmo em 2023 nos demais países do mundo.
“A empresa continua a acreditar que esses processos são infundados e carecem de mérito científico”, disse um funcionário jurídico da J&J, citado na declaração. Mas o acordo vai permitir “que os autores sejam compensados em tempo hábil”, sublinhou.
Em 2018, uma investigação da agência de notícias Reuters revelou que diretores da Johnson & Johnson sabiam havia décadas de testes que mostravam que o talco vendido pela empresa podia conter amianto, uma substância cancerígena, mas esconderam essa informação de reguladores e do público.
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