“Em nosso governo cumprirmos, quando não o zeramento, a diminuição da taxação de produtos que garantem a manutenção do trabalho e da vida de todos, principalmente dos mais humildes”, disse Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou o Twitter nesta sexta-feira, 14, para criticar a taxação da importação de encomendas internacionais de até US$ 50. O ex-chefe do Executivo também lembrou ações realizadas durante o seu governo para zerar e reduzir impostos sobre produtos no âmbito da saúde, dos alimentos e dos combustíveis.
“Em nosso governo cumprirmos, quando não o zeramento, a diminuição da taxação de produtos que garantem a manutenção do trabalho e da vida de todos, principalmente dos mais humildes”, disse Bolsonaro.
O governo federal anunciou, nesta semana, uma medida para acabar com a isenção de imposto sobre compras internacionais de cerca de R$ 250, feitas entre pessoas físicas. Com a mudança, essa modalidade de consumo passa a ser taxada em, no mínimo, 60%.
No ano passado, um grupo de empresários apresentou um ofício para a Procuradoria-Geral da República (PGR), com reclamações contra as empresas asiáticas que importam produtos da China. Os empresários alegaram sofrer competição desleal e pediram mais fiscalização pelo governo. A ação foi liderada pelo dono da varejista Havan, Luciano Hang, e pelo CEO da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki, e contou com apoio de diversas associações de fabricantes.
Segundo a Revista Oeste, na época, o documento foi apresentado ao ex-ministro da economia, Paulo Guedes, e a Bolsonaro. No texto, estava uma proposta para modificar as normas tributárias. A matéria obrigava pessoas físicas a pagar tributos no momento da compra, em sites como AliExpress, Wish, Shein, Shopee e Mercado Livre.
Em maio do mesmo ano, Bolsonaro voltou a negar a assinatura da medida provisória para taxar empresas chinesas de e-commerce, mesmo com a sugestão de Guedes para a criação de um imposto digital.