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Em 2019, Janones xingou Gilmar Mendes de canalha e o acusou de decidir a favor de amigo

Janones reclamava de uma decisão de 28 de maio de 2019, quando a Corte liberou o ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, de prestar depoimento na CPI

Em “desabafo” durante uma sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), de Brumadinho na Câmara, em 2019, o deputado federal André Janones (Avante-MG), chamou o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de “canalha” e o acusou de decidir em favor de um “amigo pessoal”.

Segundo o Terra Brasil Notícias, o vídeo da fala voltou a circular nas redes sociais nesta segunda-feira, 17, depois de a PGR (Procuradoria Geral da República), pedir a prisão do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), por caluniar o ministro.

Janones reclamava de uma decisão de 28 de maio de 2019, quando a Corte liberou o ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, de prestar depoimento na CPI.

Segundo o deputado, “o ex-presidente da Vale foi indicado por Aécio Neves”, deputado federal pelo PSDB-MG. “E o ministro Gilmar Mendes, que deu essa decisão, é amigo pessoal, como já mostravam várias matérias e investigações, o Sr. Gilmar Mendes é amigo pessoal do deputado Aécio Neves. Grandes coincidências”, falou Janones.

“Eu não apoiei até aqui a CPI da Lava Toga [sobre ativismo judicial], porque eu entendia que o Judiciário tem de ter seus próprios meios de investigar. Mas a decisão de hoje do STF, que é um tapa na cara dos brasileiros, que é uma autorização para a Vale continuar a matar, que é um tapa na cara das 300 famílias que foram mortas lá [Brumadinho], que tiveram seus entes queridos mortos embaixo da lama, essa decisão me faz rever o meu posicionamento”, continuou.

“A partir de hoje, eu sou um dos maiores defensores neste país de que se instale a CPI da Lava Toga mesmo, que se quebre o sigilo dos ministros do STF. Para que esse canalha do senhor Gilmar Mendes possa dar esclarecimento. É só no Brasil para a gente ter um ministro que é amigo íntimo de um quadrilheiro [Aécio]”, falou Janones.

Aline Coelho

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