“Estamos confiantes de que o tribunal confirmará sua antiga fronteira internacional com a Venezuela”, afirmou em comunicado o presidente Irfaan Ali
Não é de hoje que a Venezuela tenta “tomar” parte do território da Guiana. A disputa se tornou mais intensa a partir de 2015, quando a ExxonMobil descobriu grandes reservas de petróleo no mar territorial guianense.
Nas escolas venezuelana, as crianças aprendem — a mando do ditador Nicolás Maduro — que 70% do território da Guiana (ou 160 mil quilômetros quadrados), na área que compreende Essequibo, na fronteira oriental da Guiana, pertence à Venezuela.
Segundo a Revista Oeste, a disputa foi parar no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, na Holanda. Neste mês, Maduro sofreu a primeira derrota do caso. O TIJ rejeitou os argumentos da Venezuela para declarar “inadmissível” a defesa guianense.
Com a decisão, o tribunal agora procederá às audiências sobre o mérito da disputa, o que foi comemorado por Georgetown, capital da Guiana. “Estamos confiantes de que o tribunal confirmará sua antiga fronteira internacional com a Venezuela”, afirmou em comunicado o presidente Irfaan Ali.
Com o caso pendente, o secretário das Relações Exteriores da Guiana, Robert Persaud, pediu ao Facebook e ao Twitter que retirassem mapas que mostram a Venezuela com um pedaço da Guiana anexado.
O ditador da Venezuela afirmou que o país continuará a alegar soberania sobre a região. “Vamos continuar a luta incansável e firme para defender o respeito ao histórico Acordo de Genebra e a territorialidade de nossa digna nação”, escreveu Maduro no Twitter. “O Essequibo é Venezuela!”, acrescentou.