“Estou na UTI, não morri ainda, não é justo alguém querer dividir o meu espólio. Não tem nome de conhecimento no país todo para fazer o que fiz nos quatro anos”, afirma o ex-presidente
Nesta segunda-feira, 3, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), concedeu uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, conquistando mais de 1 milhão de visualizações dentro do período de quatro horas. O programa chegou a ter uma média de 300 mil espectadores simultâneos.
Segundo Diário do Brasil, durante a entrevista, o ex-chefe do Executivo pôde falar sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível pelos próximos oito anos e também outros assuntos.
O político contou que ganhou muitos inimigos por suas decisões no primeiro ano do mandato que trouxeram bons resultados em 2019. Ele entende também que uma das melhores posições foi formar um time de ministros técnicos.
“Os ministros eram muito técnicos, eles não tinham malícia política nenhuma (…). Talvez [se eu pudesse mudar alguma coisa] eu colocaria os ministros palacianos com um perfil mais político, porque é difícil conversar com o Congresso”, declarou Bolsonaro.
A respeito das manifestações populares geradas após o resultado das eleições em outubro, o ex-presidente disse que preferiu ficar recluso e que entende que não foram os conservadores que vandalizaram os prédios dos Três Poderes, mas pessoas infiltradas.
“Quem ganhou algo com isso [com o ataque de 8 de janeiro]? Eu não ganhei nada com isso, a direita também não ganhou nada. Quem ganhou foi a esquerda que, no dia seguinte, o Lula saiu como um grande democrata”, afirmou.
Ao ser questionado sobre seu possível sucessor, o ex-presidente disse que não morreu ainda e que é cedo para querer dividir seu espólio.
“Estou na UTI, não morri ainda, não é justo alguém querer dividir o meu espólio. Não tem nome de conhecimento no país todo para fazer o que fiz nos quatro anos. (…) Bons nomes apareceram, mas ainda não têm esse carimbo”, completa.
Bolsonaro disse ainda que é preciso pensar com calma sobre escolher alguém que o substitua nas eleições de 2026, pois não é só sobre o seu futuro, mas sobre o futuro do Brasil.