a operação Ciclo Fechado apura suposta falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de capitais, ocorridas no curso das eleições de 2022
A Polícia Federal, realiza nesta quarta-feira, 5, uma operação que apura supostos crimes realizados durante as eleições de 2022. Um dos alvos da operação é Pablo Marçal (Pros), que teve a candidatura para deputado indeferida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
De acordo com o Poder 360, a operação Ciclo Fechado apura suposta falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de capitais, ocorridas no curso das eleições de 2022.
Segundo a corporação, Marçal e seu sócio fizeram doações milionárias às campanhas. A maior parte dos valores foi enviada às empresas das quais são sócios.
Ao todo, foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e nas empresas nas cidades de Barueri e Santana de Parnaíba, no interior de São Paulo.
Em seu perfil no Instagram, Marçal diz que não houve irregularidade nas buscas nos endereços ligados a ele e aos seus sócios e que somente os celulares e notebooks foram levados pelos agentes. Ele detalha que os 7 endereços alvos das buscas foram em 3 empresas e nos endereços de seus 2 sócios e de seu advogado, além da sua residência.
O coach afirma ainda que as doações foram lícitas e que as movimentações foram usadas em aeronaves e veículos de propriedade empresarial. Marçal se diz vítima de perseguição política por ter apoiado Jair Bolsonaro nas eleições em 2022.
O empresário concorreu à vaga para deputado federal sob judice –ou seja, com recurso pendente de análise pela Justiça Eleitoral– depois de ter a candidatura para deputado federal indeferida pelo TRE-SP, em setembro. Antes, já havia sido barrado como candidato à Presidência da República pelo TSE.
Em outubro do mesmo ano, o TRE-SP revisou a decisão depois de a defesa recorrer e apresentar os documentos pendentes e decretou a regularidade do registro de candidatura. No entanto, em 30 de outubro, o ministro Ricardo Lewandowski anulou a decisão que aprovava a candidatura de Marçal.
Pablo Marçal recebeu 243.037 votos e foi o 11º candidato mais votado no Estado de São Paulo. Depois da retotalização dos votos, a vaga de Marçal na Câmara dos Deputados ficou com Paulo Teixeira (PT-SP), hoje ministro Desenvolvimento Agrário, que teve 122.800 votos.