A Zona Franca de Manaus é responsável por 100% da produção nacional de ar-condicionado, televisores, lavadoras de louça e micro-ondas, segundo a Eletros
A seca histórica que afeta o Amazonas pode ter impacto no comércio de Natal. O baixo nível das águas dos rios da região dificulta o transporte de cargas, encarecendo o frete e aumentando o tempo de entrega de produtos e insumos – tanto para dentro do Estado quanto para outras regiões do país.
Segundo Folhapress, caso as empresas não consigam escoar a produção de agora da Zona Franca de Manaus, a previsão é que haja um impacto nas compras de fim de ano.
Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), Luís Fernando Resano, a capacidade de transporte hidroviário no Amazonas foi mais afetada neste ano do que em 2022.
No ano passado, o período de estiagem reduziu em 40% a navegação no rio Amazonas. Apesar de ainda não ter essa conta para 2023, Resano diz acreditar que esse percentual seja ainda maior neste ano.
“Mesmo que as empresas tenham feito estoques para o fim do ano, dependendo do tamanho, eles podem acabar rápido”, diz Resano. “O nível dos rios já está pior do que a seca de 2010, e isso pode se prolongar até janeiro ou fevereiro”.
O diretor-executivo explica que com os níveis dos rios mais baixos, os navios não podem operar com a carga máxima. Hoje, diz ele, as embarcações de cabotagem que costumam levar de 3 mil a 4 mil contêineres estão fazendo o translado com 2 mil. Isso encarece o preço do frete.
A Zona Franca de Manaus é responsável por 100% da produção nacional de ar-condicionado, televisores, lavadoras de louça e micro-ondas, segundo a Eletros.
A entidade diz ainda que a região também responde por uma produção significativa, entre 40% a 70%, de celulares, computadores, monitores de vídeo e outros eletroeletrônicos que em geral são visados pelos consumidores em épocas de promoção.