Ao total, foram cumpridos 15 mandatos em Goiânia e Aparecida de servidores e ex-servidores envolvidos na gestão aparecidense à época
A Polícia Civil cumpriu mandatos de busca e apreensão nesta quinta-feira, 19, nas casas de Davi Mendanha e do ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (Patriota).
A operação investiga a licitação de empresa para a construção da nova sede da Câmara de Aparecida de Goiânia. A suspeita é que a empresa teria sido conduzida a ganhar a licitação, apesar da execução do serviço ser feita por uma outra empresa que tem vínculo com os servidores investigados.
“A fraude diz respeito a um direcionamento na contratação de uma empresa, cujos sócios tem forte vínculo com os servidores”, afirmou o delegado Alexandre Otaviano, responsável pelo processo que tramita em segredo de justiça.
Ao total, foram cumpridos 15 mandatos em Goiânia e Aparecida de servidores e ex-servidores envolvidos na gestão aparecidense à época. O atual prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano (MDB), era o presidente da Câmara, quando da assinatura da licitação em 2018. Foi feito o bloqueio de bens e valores que somam R$ 1 milhão dos envolvidos.
Gustavo Mendanha fez uma transmissão ao vivo, após a “visita” da Polícia Civil por qual afirmou que há um “erro processual”, pois a licitação foi feita em 2018, quando ele já atuava como prefeito da cidade desde 2016.
“Na época, o presidente era outra pessoa. Não era eu. Então, eu não tenho que responder por algo que não existia nada que pudesse ligar ao meu nome”, declarou o ex-prefeito.
Em entrevista ao O Popular, Mendanha afirmou que “até que prove o contrário, o Vilmar não tem nada a ver”, com o processo e as irregularidades.
A assessoria de Mariano informou que não foram feitas buscas no Executivo. Não há informações de buscas ou cumprimento de mandato na casa de Vilmar Mariano. O assessor especial do atual prefeito, Olair Silva, também teria sido alvo das investigações.