A ministra da Cultura da França, Rima Abdul Alak, seguiu o entendimento do presidente e argumentou que a adoção dos termos neutros causaria problemas de compreensão
O Senado da França aprovou, na última segunda-feira, 30, um projeto de lei que proíbe o uso oficial da linguagem neutra no país. Agora, o texto segue para ser apreciado e votado por deputados, na Assembleia Nacional.
A proibição da linguagem inclusiva conta com o apoio do presidente Emmanuel Macron. “Em francês, o masculino é o neutro”, disse. Segundo o Correio-Braziliense, na língua francesa, seria incluído o termo “iel” para substituir os pronomes “il” e “elle”.
P “Não precisamos adicionar pontos no meio das palavras para melhor compreensão. Não devemos ceder às modas ou aos ventos dos tempos”, defendeu Macron, na terça-feira, 31, durante a inauguração da Cité Internationale de la Langue Française, um local cultural e de convivência dedicado à língua francesa.
A ministra da Cultura da França, Rima Abdul Alak, seguiu o entendimento do presidente e argumentou que a adoção dos termos neutros causaria problemas de compreensão.
“É uma questão de inteligibilidade da língua, de compreensão. Alguém que tem dislexia, ou problemas de visão ou tem dificuldade de leitura, ler uma frase com pontos que cortam as palavras complexifica a leitura e, sobretudo, no discurso oral, é impossível de dizer”, disse, em entrevista ao canal francês BFM TV.
O uso oficial da linguagem neutra tem encontrado resistência em alguns países. Na Argentina e no Uruguai, por exemplo, foi proibido o uso de expressões inclusivas nas escolas.