A aproximação da projeção ao teto da meta dificulta a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Banco Central
As novas projeções do Boletim MacroFiscal, divulgado nesta quinta-feira, 18, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, indicam um aumento na inflação estimada para 2024 e 2025. Segundo o boletim, a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu devido aos impactos da calamidade no Rio Grande do Sul sobre os preços dos alimentos e à expectativa de um real mais desvalorizado.
Para 2024, a estimativa da inflação foi elevada de 3,70% para 3,90%, refletindo também o aumento no preço da gasolina anunciado pela Petrobras em 8 de julho. A meta oficial é de 3,0%, com uma margem de tolerância de 1,50 ponto percentual. A aproximação da projeção ao teto da meta dificulta a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Banco Central.
Para 2025, a inflação esperada passou de 3,20% para 3,30%. Os índices de inflação são fundamentais para medir a variação dos preços e, consequentemente, o poder de compra do dinheiro. Por exemplo, um produto que custava R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação aumentar 10%.