As críticas de Maduro foram uma resposta à declaração do presidente do Brasil
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criticou na terça-feira, 23, os sistemas eleitorais de Brasil, Estados Unidos e Colômbia, afirmando que não auditam seus processos eleitorais, sem apresentar provas dessas alegações. Maduro destacou que a Venezuela tem “o melhor sistema eleitoral do mundo, com 16 auditorias”.
As críticas de Maduro foram uma resposta à declaração do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que expressou surpresa com a afirmação de Maduro de que poderia haver um “banho de sangue” caso perca as eleições na Venezuela, marcadas para domingo, 28. Lula afirmou: “Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora”.
Em resposta, Maduro disse: “Eu não disse mentiras. Só fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila”. Em junho, Maduro havia se comprometido publicamente a respeitar os resultados do pleito, embora tenha afirmado que a oposição planeja um golpe de Estado.
O principal adversário de Maduro na eleição é Edmundo González Urrutia, da Plataforma Unitária Democrática, uma coalizão de 11 partidos de centro-esquerda e centro-direita. Pesquisa do Instituto Delphos indica que González tem 59,1% das intenções de voto, enquanto Maduro tem 24,6%.