A adaptação do Hino Nacional rapidamente gerou debates nas redes sociais, com críticos e defensores expressando suas opiniões
No último sábado, 24, um comício do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de São Paulo, provocou polêmica nas redes sociais ao apresentar o Hino Nacional com trechos em linguagem neutra. O evento ocorreu na Praça do Campo Limpo, na Zona Sul da capital paulista, e contou com a performance da cantora Yurungai, que modificou as palavras “filho” e “filhos” para “filhe” e “filhes” durante sua apresentação.
A mudança foi notável nas frases “verás que filhe teu não foge à luta” e “des filhes deste solo”, substituindo os tradicionais “verás que um filho teu não foge à luta” e “dos filhos deste solo”. A presença de figuras políticas de esquerda, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a vice de Boulos, Marta Suplicy (PT), e os deputados federais Ivan Valente e Erika Hilton (PSOL-SP), marcou o evento.
A adaptação do Hino Nacional rapidamente gerou debates nas redes sociais, com críticos e defensores expressando suas opiniões. O deputado federal Zucco (PL-RS) criticou a versão alterada, questionando a direção em que o país está indo. Nikolas Ferreira (PL-MG) também comentou, questionando se a intenção era fazer uma sátira.
Vale mencionar que a Lei 5.700/1971, em seu artigo 25, parágrafo 5°, estipula que o Hino Nacional deve ser executado integralmente em todas as circunstâncias, e que qualquer violação é considerada contravenção, sujeitando o infrator a multas, conforme o artigo 35 da mesma lei.
A discussão sobre a utilização de linguagem neutra no Hino Nacional reflete um tema mais amplo de debate político e cultural no Brasil, destacando a polarização em torno de questões de identidade e tradição nacional.