Lula reforçou que o aumento do salário mínimo não é um peso para empregadores e criticou a falta de valorização dos trabalhadores
Durante a sanção da Nova Lei Geral do Turismo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projetou um crescimento econômico do Brasil superior a 3,5% até o final de 2024, contrariando previsões pessimistas do mercado financeiro. Em discurso no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 18, Lula rebateu críticas sobre o aumento do salário mínimo, atualmente fixado em R$ 1.412, e afirmou que o valor não é excessivo.
“A economia vai crescer, presta atenção no que vou falar, acima de 3% e vamos chegar acima de 3,5%”, afirmou Lula, desafiando análises negativas sobre o desempenho econômico do país. O presidente destacou que é responsabilidade do Estado garantir condições dignas de vida para a população, defendendo o aumento real do salário mínimo como uma medida necessária para assegurar esses direitos.
O evento contou com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e dos ministros Celso Sabino (Turismo) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). Na última semana, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento do PIB de 2,5% para 3,2% e ajustou a estimativa de inflação, medida pelo IPCA, de 3,9% para 4,25%, conforme o Boletim MacroFiscal.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, já havia antecipado que o crescimento poderia superar os 3%, citando a criação recorde de empregos e a queda da taxa de desocupação. Lula reforçou que o aumento do salário mínimo não é um peso para empregadores e criticou a falta de valorização dos trabalhadores: “Muitas vezes, tomando uísque com companheiro, se dá R$ 1.400 de gorjeta.”
O governo segue revisando suas previsões econômicas a cada dois meses, com o próximo relatório previsto para novembro, enquanto o presidente segue defendendo políticas que visam fortalecer o poder de compra e melhorar as condições de vida dos brasileiros.
