Kelson ficou detido por três meses sob a acusação de violar as regras do uso da tornozeleira eletrônica, por erro do ministro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu ter cometido um erro ao ordenar a nova prisão de Kelson de Souza Lima, denunciado por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Kelson ficou detido por três meses sob a acusação de violar as regras do uso da tornozeleira eletrônica, quando, na verdade, Moraes havia solicitado os dados ao estado errado. O equívoco ocorreu porque o ministro solicitou informações a São Paulo, ignorando que ele próprio havia autorizado a mudança de Kelson para Massapê, no Ceará.
Após receber a resposta de São Paulo, que não encontrou registros de uso da tornozeleira, Moraes concluiu, equivocadamente, que o acusado desrespeitara as condições impostas pelo STF e ordenou sua prisão em junho de 2023. Somente três meses depois, após a intervenção da defesa e da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro reconheceu o erro e ordenou a soltura de Kelson.
Denunciado por associação criminosa e incitação ao crime, Kelson havia sido preso inicialmente em janeiro, sendo liberado em março com medidas cautelares. Sua defesa alega que ele estava no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército por estar em situação de rua, buscando abrigo e alimento, além de afirmar que o cliente possui transtornos psiquiátricos.