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Eduardo Bolsonaro pede à Argentina asilo para presos do 8/1

A polêmica ganhou novos contornos após o juiz federal argentino Daniel Rafecas solicitar à Interpol a prisão de 61 manifestantes foragidos

Foto: reprodução

Em um discurso na CPAC, evento conservador realizado em Buenos Aires, quarta-feira, 4, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu ao governo argentino que conceda asilo político a brasileiros acusados de participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo ele, essas pessoas, que estão foragidas no país vizinho, não podem ser consideradas terroristas.

“Peço ao governo da Argentina que possibilite o asilo a essas pessoas que não são terroristas. Essas pessoas estão recebendo penas de prisão de até 17 anos, não são terroristas. Um protesto que foi longe, sim, com certeza, mas se eu sair na rua no Brasil e matar alguém, eu nunca vou pegar 17 anos de prisão”, afirmou Eduardo durante o evento.

O parlamentar exibiu um pôster com rostos dos foragidos e a frase “Liberdade para os presos políticos no Brasil”. Ele também criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acusando-o de prejudicar famílias ao congelar contas bancárias e bens dos condenados por violarem prisão domiciliar e cruzarem a fronteira com a Argentina.

“Com certeza há boa vontade do governo [argentino], mas aos diretores do Conare [Comissão Nacional para os Refugiados], eu peço, por favor, que analisem os casos desses brasileiros”, enfatizou o deputado.

A polêmica ganhou novos contornos após o juiz federal argentino Daniel Rafecas solicitar à Interpol, em novembro, a prisão de 61 manifestantes foragidos. Dois desses indivíduos já foram detidos na cidade de La Plata, na província de Buenos Aires. Eduardo Bolsonaro, antes de participar do fórum, visitou os detidos, conforme publicações em redes sociais.

Ainda durante o discurso, o deputado traçou paralelos entre o cenário político brasileiro e norte-americano, afirmando: “Se [o presidente eleito dos EUA, Donald] Trump voltou [ao poder], Bolsonaro também voltará.”

Aline Coelho

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