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Ministério da Saúde incinera R$ 368 milhões em medicamentos e insumos desde 2023

Com o avanço da vacinação, o consumo desses medicamentos diminuiu, resultando em excedentes que perderam a validade

Foto: reprodução

Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Saúde incinerou R$ 367,9 milhões em medicamentos e insumos do Sistema Único de Saúde (SUS). Desse total, R$ 261,4 milhões foram destruídos em 2023, e R$ 106,5 milhões entre janeiro e outubro de 2024. 

Os itens incinerados, divididos em aproximadamente 1,6 mil lotes, incluem principalmente anestésicos e bloqueadores neuromusculares. Dentre eles, destacam-se o besilato de atracúrio, com R$ 73 milhões em produtos destruídos; o anestésico propofol, com R$ 71 milhões; e o besilato de cisatracúrio, totalizando R$ 69 milhões em itens incinerados. 

O Ministério da Saúde justificou que a incineração nem sempre resulta em perda financeira, pois, em alguns casos, é possível obter a restituição parcial dos valores junto aos fornecedores. No entanto, a pasta não especificou qual parcela dos R$ 367,9 milhões foi recuperada. Além disso, atribuiu as perdas principalmente às aquisições em larga escala realizadas durante a pandemia de Covid-19, quando houve aumento na demanda por anestésicos e bloqueadores neuromusculares para procedimentos de intubação. Com o avanço da vacinação, o consumo desses medicamentos diminuiu, resultando em excedentes que perderam a validade. 

Em novembro, também foi divulgado que o governo incinerou 10,9 milhões de doses de vacinas neste ano, das quais 6,4 milhões eram contra a Covid-19, além de imunizantes contra outras doenças, como a gripe. 

Aline Coelho

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