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Arthur Lira defende reforma ministerial e critica distribuição de poder na Esplanada

Lira destaca um desequilíbrio na representação política das legendas na Esplanada dos Ministérios e cobra maior alinhamento do governo com os parlamentares

Foto: reprodução

Próximo de encerrar seu mandato como presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) tem sinalizado a necessidade de ajustes no governo, incluindo uma reforma ministerial para 2025. Em conversas com aliados, Lira destaca um desequilíbrio na representação política das legendas na Esplanada dos Ministérios e cobra maior alinhamento do governo com os parlamentares.

Segundo interlocutores, Lira tem argumentado que o PT, apesar de ter cerca de 16% de representação na Câmara, controla 80% dos recursos geridos pelas pastas ministeriais. Ele também avalia que até mesmo o equilíbrio entre partidos do Centrão está desajustado, com algumas legendas acumulando mais cargos enquanto outras estão sub-representadas.

Para Lira, uma reforma ministerial seria essencial para melhorar o clima entre os deputados, que, nas últimas semanas, têm manifestado insatisfação com a falta de diálogo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele compara a atual gestão petista com as anteriores, afirmando que a relação entre o Executivo e o Legislativo está mais distante agora.

Após deixar a presidência da Câmara, Lira planeja focar em seu gabinete como deputado e trabalhar na formação de uma federação entre União Brasil, PP e Republicanos. Caso esse bloco se concretize, ele poderia contar com 153 deputados e 17 senadores, assegurando maioria no Congresso e ampliando a influência dessas legendas no cenário político.

Aline Coelho

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