O fechamento será definido a partir de análises técnicas sobre a capacidade de drenagem das vias e as condições climáticas
A Prefeitura de Goiânia anunciou que poderá fechar total ou parcialmente a Marginal Botafogo durante chuvas fortes, dependendo do risco de inundação. A decisão foi discutida nesta quarta-feira, 16, em uma reunião do Gabinete de Crise Climática, que debateu ações para reduzir os impactos das tempestades na capital.
O fechamento será definido a partir de análises técnicas sobre a capacidade de drenagem das vias e as condições climáticas. A medida ganhou destaque após chuvas intensas deixarem trechos da Marginal intransitáveis na terça-feira, 14, quando alagamentos causaram transtornos no trânsito.
Atualmente, Goiânia enfrenta 126 pontos de alagamento em períodos de chuva forte, um aumento de 27,7% em relação a 2023, quando havia 99 áreas críticas, segundo a Defesa Civil. Entre os locais mais afetados estão a Avenida Feira de Santana, no Parque Amazonas, e a própria Marginal Botafogo, interditada no domingo, 12, devido ao excesso de água.
As chuvas recentes também quebraram recordes históricos. Entre as 9h de domingo e o mesmo horário na segunda-feira, a cidade registrou 135,5 mm de precipitação em 24 horas, o segundo maior índice da história, de acordo com o Climatempo e o Inmet. O recorde, de 136,6 mm, foi registrado em dezembro de 2005, entre os dias 8 e 9.
Até 14 de janeiro, Goiânia acumulou quase 256 mm de chuva, ultrapassando a média esperada para o mês, que era de 247,8 mm, segundo o Cimehgo. “As chuvas intensas evidenciam os desafios para a mobilidade urbana e causam grandes transtornos à população”, alertou a Defesa Civil.
A Prefeitura, por meio do Gabinete de Crise Climática, reforçou o compromisso de tomar medidas preventivas e continuar monitorando os pontos críticos da cidade para garantir a segurança dos moradores durante o período chuvoso.
