No pedido de impeachment, Girão também critica a falta de providências do Senado Federal em relação ao que considera abusos do Judiciário
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) estuda a possibilidade de destituir o procurador-geral da República, Paulo Gonet, por considerar que ele foi omisso diante de supostas coações praticadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a delação premiada de Mauro Cid.
“A presença de Gonet no episódio levanta questionamentos sobre sua omissão diante de uma possível tortura, conduzida sob pressão do ministro Alexandre de Moraes”, afirma Girão. Segundo o senador, Cid teria mudado sua versão dos fatos após ameaças de prisão a seus familiares. “As imagens revelam uma pressão anormal, tornando as provas comprometidas e levantando suspeitas de irregularidades”, destaca sua equipe.
No pedido de impeachment, Girão também critica a falta de providências do Senado Federal em relação ao que considera abusos do Judiciário. Para ele, cabe à Casa agir para conter excessos da Suprema Corte e punir eventuais afrontas ao ordenamento jurídico.
Além da ação contra Gonet, o senador reforçou a convocação para um ato na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, marcado para 16 de março, às 10h. Ele defende que a mobilização popular seja um instrumento para restaurar a ordem democrática no país.
