A demissão de Nísia Trindade, anunciada em fevereiro, ocorreu após críticas à sua gestão, considerada abaixo das expectativas por aliados do governo e alvo de pressão do Centrão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossou, nesta segunda, 10, Alexandre Padilha como novo ministro da Saúde, em substituição a Nísia Trindade. A mudança faz parte da reforma ministerial para conter a queda de popularidade do governo e fortalecer a campanha petista para 2026.
A cerimônia no Palácio do Planalto contou com ministros, parlamentares e aliados. Padilha, que já comandou a pasta entre 2011 e 2014, retorna ao cargo com a missão de impulsionar programas como o Mais Acesso a Especialistas e fortalecer a articulação política dentro do ministério.
A demissão de Nísia Trindade, anunciada em fevereiro, ocorreu após críticas à sua gestão, considerada abaixo das expectativas por aliados do governo e alvo de pressão do Centrão. Apesar de ser da cota pessoal de Lula, sua falta de habilidade política teria dificultado negociações no Congresso, especialmente na liberação de emendas.
A escolha de Padilha busca dar um novo perfil à pasta, alinhando capacidade técnica e experiência política. O ministro já enfrentou desafios na articulação do governo e chegou a ser criticado por Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara. Agora, assume a Saúde com o objetivo de melhorar a imagem do governo na área.
Médico e doutor em Saúde Coletiva, Padilha, 53, é deputado federal licenciado e já ocupou cargos como secretário de Saúde de São Paulo e ministro das Relações Institucionais. Desde o anúncio de sua nomeação, tem divulgado o trabalho de transição e reforçado seu compromisso com a redução do tempo de espera para atendimentos no SUS.
