Antes mesmo do anúncio oficial de sua nomeação, Gleisi teria acatado a orientação e iniciado gestos para consolidar a nova dinâmica

A escolha de Gleisi Hoffmann para comandar a articulação política do governo veio acompanhada de um pedido direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: pacificar a relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo aliados do petista, ele deixou claro que as questões econômicas devem permanecer sob a responsabilidade de Haddad, e coube à nova ministra de Relações Institucionais aceitar essa diretriz.
Antes mesmo do anúncio oficial de sua nomeação, Gleisi teria acatado a orientação e iniciado gestos para consolidar a nova dinâmica. Assim que a confirmação de seu cargo foi feita, telefonou para Haddad, como revelou o jornalista Iuri Pitta, da CNN. No discurso de posse, reforçou o tom conciliador, atitude que foi bem recebida pelo ministro da Fazenda, que classificou a fala como “muito boa”, segundo a âncora Tainá Falcão.
A movimentação da nova ministra foi vista com bons olhos por líderes da base governista no Congresso. Para um deles, Gleisi tem a reputação de cumprir acordos—a falta desse atributo teria sido um dos principais fatores que desgastaram Alexandre Padilha, seu antecessor na Secretaria de Relações Institucionais.
A expectativa agora é que a nova titular da pasta consiga fortalecer a articulação política do governo e minimizar atritos internos, garantindo mais estabilidade para o diálogo com o Congresso.