O setor de educação foi um dos principais responsáveis pela alta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 1,31% em fevereiro, conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior índice para o mês desde 2003 e também o maior valor mensal desde março de 2022.
Com esse avanço, a inflação acumulada no ano chegou a 1,47%, enquanto o índice dos últimos 12 meses atingiu 5,06%. O valor ultrapassa o teto da meta do Banco Central, fixado em 4,5% para o ano.
O setor de educação foi um dos principais responsáveis pela alta, saindo de 0,26% em janeiro para 4,70% em fevereiro. O aumento de 5,69% nas mensalidades dos cursos regulares contribuiu com 0,28 ponto percentual na composição do IPCA. Os reajustes mais expressivos foram registrados no ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).
No grupo de transportes, a alta foi de 0,61% em fevereiro, menor que a de 1,30% observada em janeiro. O aumento nos preços dos combustíveis foi de 2,89%, com destaque para o óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). O gás veicular, por outro lado, teve queda de 0,52%. As tarifas de ônibus urbanos subiram 3%, impulsionadas por reajustes em capitais como São Paulo (13,64%), Rio de Janeiro (9,30%) e Belo Horizonte (9,52%). O preço do trem subiu 3,35% devido a um aumento de 7,04% no Rio de Janeiro, enquanto as passagens aéreas tiveram queda de 20,46%, sendo o maior fator de alívio no IPCA do mês.
A inflação de serviços, indicador que mede a pressão da demanda sobre os preços, subiu 0,82% em fevereiro, após registrar 0,78% em janeiro. No acumulado de 12 meses, esse índice passou de 5,57% para 5,32%. Já os preços monitorados pelo governo, que haviam caído 1,52% em janeiro, tiveram alta de 3,16% no mês seguinte, com uma variação acumulada de 5,19% em um ano.
