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Haddad defende imposto mínimo para super-ricos como compensação à isenção do IR

Para equilibrar a arrecadação, o governo propôs um imposto mínimo progressivo, que pode chegar a 10%, atingindo cerca de 141 mil pessoas

Foto: reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 18, que a compensação pela ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil mensais será focada nos contribuintes que ganham mais de R$ 1 milhão por ano. O anúncio foi feito durante a cerimônia de assinatura do projeto de lei em Brasília.

Para equilibrar a arrecadação, o governo propôs um imposto mínimo progressivo, que pode chegar a 10%, atingindo cerca de 141 mil pessoas, o equivalente a 0,13% dos contribuintes. “Nosso foco é mirar naquelas pessoas que têm uma renda superior a R$ 1 milhão. É uma escadinha muito suave, que atinge sua maturidade quando chega a esse valor”, explicou Haddad.

A proposta estabelece que quem já paga 10% ou mais de IR não será afetado. No entanto, quem paga menos precisará complementar a diferença. Por exemplo, um contribuinte com renda anual de R$ 1,2 milhão que tenha pago 8% de IR precisará recolher mais 2%. Já alguém com R$ 2 milhões anuais, que já paga 12%, não sofrerá alterações.

O governo pretende implementar a nova faixa de isenção e a tributação mínima a partir de 2026, caso o Congresso aprove a medida.

Aline Coelho

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