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Moraes exibe vídeo do 8/1 que não consta nos autos e gera repercussão

Moraes optou por apresentar a gravação para ilustrar a “materialidade” dos crimes cometidos em 8 de janeiro, afirmando que preferia mostrar as imagens em vez de “falar meia hora”

Foto: reprodução

As defesas dos acusados por tentativa de golpe de Estado criticaram a exibição de um vídeo pelo ministro Alexandre de Moraes durante a sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 26. Os advogados alegam que o material não consta nos autos e estudam formalizar uma contestação.

Relator do caso, Moraes optou por apresentar a gravação para ilustrar a “materialidade” dos crimes cometidos em 8 de janeiro, afirmando que preferia mostrar as imagens em vez de “falar meia hora”. O vídeo exibiu cenas de acampamentos em frente a quartéis e atos radicais no dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, “não há dúvida” sobre a materialidade dos delitos narrados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Logo após a exibição, advogados presentes no plenário reagiram, argumentando que “tudo que for exibido no tribunal precisa estar nos autos”. A assessoria do STF afirmou que o vídeo foi produzido pelo gabinete de Moraes com base em fatos notórios e em imagens já utilizadas nos julgamentos de executores dos atos de 8 de janeiro.

Ao final da sessão, o STF decidiu, por unanimidade, tornar réus Bolsonaro e outros sete investigados no inquérito. O placar foi de 5 a 0.

Aline Coelho

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