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Moraes retira sigilo de carta de ré por pichação em estátua do STF

Na carta, Débora afirma que viajou a Brasília acreditando que participaria de uma manifestação pacífica

Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou nesta quarta-feira, 26, o sigilo de uma carta enviada por Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos. A cabeleireira, presa preventivamente desde março de 2023, é julgada pela Primeira Turma da Corte por pichar com batom a estátua A Justiça durante os atos de 8 de janeiro.

Na manifestação em Brasília, Débora escreveu “perdeu, mané” na escultura que fica em frente ao STF, fazendo referência a uma fala do presidente da Corte, Roberto Barroso. Denunciada pela Procuradoria-Geral da República, ela responde a uma ação penal e já recebeu dois votos (Moraes e Flávio Dino) para ser condenada a 14 anos de prisão. O julgamento foi suspenso após o ministro Luiz Fux pedir vista do caso.

Na carta enviada a Moraes em 6 de outubro do ano passado, Débora afirma que viajou a Brasília acreditando que participaria de uma manifestação pacífica. Ela nega envolvimento em invasões e vandalismo e diz que a pichação ocorreu no “calor do momento”. “Posso assegurar que não foi nada premeditado”, escreveu.

A cabeleireira relata ainda que tem dois filhos menores de idade e lamenta o tempo afastada deles. “Um castigo e uma culpa que vou lamentar enquanto eu viver”, desabafou. Ela conta que perdeu momentos importantes com os filhos, incluindo o período de alfabetização do mais novo, e que as crianças “choram todos os dias” por sua ausência.

No fim da mensagem, Débora declara que não entendia a importância da estátua e reforça seu arrependimento. “O que mais almejo é ter minha vida pacata e simples de volta ao lado da minha família”, finalizou.

Aline Coelho

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