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PT busca evangélicos para ampliar influência e enfrenta rejeição no segmento religioso

A relação histórica com católicos, especialmente por meio das comunidades eclesiais de base, já é consolidada

Foto: reprodução

Em meio à renovação de sua direção por meio de eleições diretas internas, o Partido dos Trabalhadores (PT) traça estratégias para fortalecer sua base entre religiosos, com foco especial no eleitorado evangélico — um dos mais resistentes à sigla e ao governo Lula. O esforço é conduzido pelo setor inter-religioso do partido, que busca identificar e promover novas lideranças para postos de comando em todas as esferas partidárias.

Gutierres Barbosa, coordenador do setor e também vice-presidente da Igreja Batista Nazaré, com sede em Salvador, detalhou os objetivos do movimento. “Os evangélicos não são contra o programa do PT, mas o partido precisa ouvi-los e aprimorar o diálogo. Temos que atrair os evangélicos do centro, que são 40%”, afirmou à CNN. A legenda pretende intensificar o trabalho com os núcleos evangélicos estaduais, que atuam desde 2015.

A relação histórica com católicos, especialmente por meio das comunidades eclesiais de base, já é consolidada, mas o desafio com os evangélicos é maior, por conta da sua organização descentralizada. A dificuldade é agravada pelos números: pesquisa Genial/Quest revelou que 67% dos evangélicos reprovam o governo federal — um crescimento de nove pontos percentuais em relação à sondagem anterior.

Apesar do cenário adverso, Barbosa destaca conquistas recentes. Segundo ele, o PT conseguiu eleger cerca de 300 evangélicos no pleito de 2024, entre vereadores, prefeitos e vices, o que sinaliza uma possível abertura para a sigla em setores religiosos antes considerados intransponíveis.

Aline Coelho

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