O Brasil também foi atingido pelas novas taxações, mas em menor escala, com aumento de 10%

Durante a abertura da cúpula da Celac em Tegucigalpa, Honduras, nesta quarta-feira, 9, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou os recentes embates tarifários entre Estados Unidos e China, afirmando que “guerras comerciais não têm vencedores”. Sem mencionar diretamente o presidente norte-americano Donald Trump, Lula alertou para os impactos globais dessas disputas e pediu maior integração entre os países latino-americanos e caribenhos.
“Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia global e elevam os preços. A história nos ensina que guerras comerciais não têm vencedores. Se seguirmos separados, a comunidade latino-americana e caribenha corre o risco de regressar à condição de zona de influência em uma nova divisão do globo entre superpotências”, afirmou Lula, ao destacar o risco de fragmentação diante do conflito entre as maiores economias do planeta.
Nesta mesma data, Trump decidiu aumentar em 125% as tarifas sobre produtos chineses, em resposta a medidas semelhantes adotadas por Pequim contra produtos dos EUA. O Brasil também foi atingido pelas novas taxações, mas em menor escala, com aumento de 10%.
Lula aproveitou o encontro para reforçar a importância da cooperação regional: “Quanto mais fortes e unidas estiverem nossas economias, mais protegidos estaremos de decisões unilaterais”, disse. A fala marca mais uma tentativa do presidente brasileiro de posicionar a América Latina como ator relevante em meio às tensões geopolíticas internacionais.