Evento realizado em Aparecida de Goiânia reuniu lideranças políticas, representantes da sociedade civil e especialistas para fortalecer a luta por políticas públicas inclusivas
Nesta segunda-feira, 28, a Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia promoveu uma audiência pública voltada à inclusão e aos direitos da população neurodivergente. Com a participação de autoridades, lideranças comunitárias e representantes da sociedade civil, o encontro foi impulsionado pelos vereadores Tatá Teixeira e Tales de Castro e trouxe à tona desafios e propostas para transformar a realidade das famílias atípicas.
A abertura da audiência contou com a presença da vereadora Camila Rosa, procuradora da mulher na Câmara, do diretor do Instituto Nacional de Cidadania, Educação e Saúde Coletiva (INCESC), Wagner José Rodrigues, da coordenadora da AMAG, Lévora Lima, da diretora do CAPS Infantil Alegria, Cristiane, e do advogado e diretor de Responsabilidade Social da Clínica Teia, Eliezer Rangel.
Durante os debates, nomes como Polyana Teixeira, da Associação das Mães dos Autistas, Thatyane Mendanha, coordenadora de Saúde Mental, Aline Caixeta, da Secretaria Municipal de Educação, e Kelly Ribeiro, diretora de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, também se manifestaram. Os vereadores Lipe Gomes e Rogério Almeida marcaram presença, apoiando as demandas apresentadas.
Entre as principais propostas, destaca-se a criação do Comitê Permanente da Pessoa com Autismo para aproximar a sociedade civil do poder público. Foi reivindicada também a fiscalização da Lei Berenice Piana e atendimento prioritário em saúde mental para pais e mães de crianças autistas.
Relatos emocionantes de mães como Lucélia Araújo e Rafaela do Carmo evidenciaram a urgência de políticas públicas integradas. “Para cuidar dos nossos filhos, nós estamos adoecendo”, declarou uma mãe, sensibilizando todos os presentes.
O diretor Eliezer Rangel defendeu a integração entre saúde, educação, cultura e assistência social como caminho para políticas efetivas. O maestro Francinaldo, da Escola de Música, anunciou a criação de projetos voltados para crianças neurodivergentes.
“A nossa missão aqui é construir pontes, não muros”, afirmou Tales de Castro ao final da audiência. Tatá Teixeira reforçou: “Estamos ao lado das famílias, dos educadores e dos profissionais que lutam todos os dias pela inclusão. Nosso trabalho não termina hoje — apenas começou.”
Os encaminhamentos definidos incluem a implantação de professores de apoio nas escolas, criação do Comitê Municipal de Apoio à Pessoa com Autismo, capacitação contínua de servidores, ampliação da Clínica-Escola TEIA e melhorias no CAPS Infantil Alegria, além de ações inclusivas no Centro Olímpico e na Escola de Música.