Ministro da Fazenda afirma que dinheiro bloqueado de entidades envolvidas em fraudes ao INSS deve ser suficiente para indenizar os aposentados prejudicados, sem recorrer ao Tesouro Nacional

No dia 9, após participação em evento na B3, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que a Advocacia-Geral da União (AGU) bloqueou uma quantia significativa de recursos de contas vinculadas a sindicatos e associações que teriam cometido fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, o montante seria suficiente para ressarcir os aposentados e pensionistas afetados pelos descontos indevidos.
“Vamos fazer um balanço dessas iniciativas que a AGU e a CGU estão tomando conjuntamente para fazer com que quem cometeu o abuso é quem pague a conta”, declarou o ministro. Ele destacou ainda que os responsáveis pela fraude devem arcar com os custos, afastando a possibilidade de que o ressarcimento seja feito com recursos do Tesouro: “Quem cometeu fraude é que tem que pagar a conta.”
A declaração vem em meio à repercussão de um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que denunciou o escândalo e criticou duramente a hipótese de uso de verbas públicas para cobrir os prejuízos. O vídeo ultrapassou 134 milhões de visualizações no Instagram, acirrando o debate sobre a responsabilidade pelo ressarcimento.
As investigações estão sendo conduzidas em conjunto pela AGU e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que buscam garantir a devolução dos valores aos beneficiários sem comprometer o arcabouço fiscal.