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Governo recua parcialmente após críticas e mantém isenção de IOF para investimentos no exterior

O recuo foi anunciado pelo Ministério da Fazenda em postagens na rede social X, alegando que a decisão ocorreu “após diálogo e avaliação técnica”

Foto: reprodução

A tentativa do governo federal de aumentar a arrecadação com a elevação do IOF durou apenas algumas horas. Após intensa repercussão negativa no mercado financeiro e entre especialistas, o Palácio do Planalto revogou parte do decreto publicado nesta quinta-feira, 22, que previa o aumento e padronização de diversas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras.

Entre as mudanças anuladas está o fim da isenção para aplicações de fundos nacionais no exterior, que continuará valendo. As remessas feitas por pessoas físicas para investimentos fora do país também seguirão tributadas à alíquota de 1,1% por operação, como ocorre atualmente.

O recuo foi anunciado pelo Ministério da Fazenda em postagens na rede social X, alegando que a decisão ocorreu “após diálogo e avaliação técnica”. Em nota, a pasta afirmou: “Este é um ajuste na medida – feito com equilíbrio, ouvindo o país e corrigindo rumos sempre que necessário”.

O decreto original visava reforçar o caixa do governo em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, mas a reação negativa foi imediata. Diante da pressão, uma reunião emergencial foi convocada no Palácio do Planalto para avaliar o impacto das medidas. O ministro Fernando Haddad, no entanto, não participou do encontro, tendo viajado para São Paulo após anunciar o congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento do ano que vem.

O mercado respondeu com instabilidade. O dólar, que chegou a cair a R$ 5,59, encerrou o dia cotado a R$ 5,66. Já a bolsa, que subia 0,69% no início do dia, fechou com queda de 0,44%, refletindo o clima de incerteza gerado pela tentativa abrupta de alteração na política tributária.

Aline Coelho

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