Os debatedores, Kairo Montelo e Caio Barbalho discordaram sobre o modo como o presidente Jair Bolsonaro (PL), lidou com a visita do presidente português Marcelo Rebelo, ao Brasil, na última segunda-feira.
A edição do programa Papo Aberto desta segunda-feira (04), recebeu um forte time de debatedores. Sob o comando do apresentador Lucas Alves, o advogado Kairo Montelo, o professor Márcio Manoel, o Secretário de Tecnologia de Aparecida Hans Miller (PR) e o ex-candidato a vereador por Goiânia, Caio Barbalho (PCdoB), trataram de temas atuais da política nacional e goiana.
Os debatedores, Kairo Montelo e Caio Barbalho discordaram sobre o modo como o presidente Jair Bolsonaro (PL), lidou com a visita do presidente português Marcelo Rebelo, ao Brasil, na última segunda-feira. O líder de Portugal seria recebido para um almoço no Palácio Itamaraty, no entanto, antes do evento oficial, se reuniu com o petista ex-presidiário Lula, o que acarretou o cancelamento da agenda por parte do presidente Bolsonaro.
Caio Barbalho classificou o chefe do executivo brasileiro como alguém que, “no cenário internacional”, não tem “a mínima competência de estar na cadeira que ocupa”. Para ele, o fato de o Brasil ser um dos últimos países do continente americano a não ter um governo de esquerda, se trata de uma “loucura comunista” apontada por Bolsonaro. “Nós temos um presidente que não respeita a legitimidade de outros presidentes”, disse.
Kairo Montelo rebateu a crítica. “E o presidente de Portugal respeitou?”, perguntou ele. “Em uma visita oficial”, seguiu, “visita um ex-presidiário” desrespeitando “mais de 50 milhões de votos”, lembrou. O advogado evidenciou que Rebelo não foi pragmático. “Nós temos um presidente eleito instituído pelo povo. A primeira coisa que o presidente de Portugal deveria fazer era ter se encontrado com o presidente Bolsonaro”.
O membro do PCdoB defendeu Lula como líder das pesquisas presidenciais e como “candidato do trabalhador”. “Ele lidera as pesquisas, mas não arrasta uma multidão”, questionou o âncora Lucas Alves. Montelo respondeu afirmando não esperar que os demais comentaristas acreditassem “nos dados reais das pesquisas” e os acusou de serem pessoas “que querem destruir a universidade pública e que atacam a ciência”.
O professor Márcio Manoel sustentou que a atitude de Bolsonaro não foi digna de um diplomata. “Ele [Bolsonaro] tem que lembrar que também é um presidente”, portanto, “tem esses encontros com outros chefes de nações”.
Hans Miller pontuou acertadamente que, no Brasil e no país português, os cargos de presidente possuem atribuições diferentes. “Portugal é um país parlamentarista”, a figura do presidente tem uma função mais próxima a um “Chefe de Estado e das Forças Armadas”, logo, o Primeiro-Ministro António Costa é quem exerce as tarefas semelhantes às do líder do executivo brasileiro, se incluindo nisto, o comércio exterior. O secretário defendeu que, talvez, seja essa a razão da estranheza por parte de Rebelo em relação à reação do presidente Bolsonaro sobre sua visita a Lula.