A avaliação é a de que, mostrando projeções com Lula à frente de Bolsonaro, os institutos teriam atuado como parcialidade nos meses que antecederam à eleição e influenciado o voto dos eleitores
Após a apuração total das urnas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno pela Presidência da República. Segundo informações, o Procurador Geral da República, Augusto Aras, deve abrir o que tem sido chamada de “ampla investigação” sobre o trabalho das empresas que medem intenções de votos.
O argumento é de que as pesquisas subestimaram o apoio ao presidente Bolsonaro, que, com 99,99% das urnas apuradas, recebeu 43,20% dos votos na eleição do último domingo, 02, ante 48,43% de Lula.
A avaliação é a de que, mostrando projeções com Lula à frente de Bolsonaro, os institutos teriam atuado como parcialidade nos meses que antecederam à eleição e influenciado o voto dos eleitores. Segundo aliados de Bolsonaro, a PGR deve “mergulhar a fundo” na investigação para apurar criminalmente a atuação dos institutos. Segundo a CNN, representantes das empresas afirmaram, em caráter reservado, que o resultado final da eleição mostrou que uma combinação de fatores: a não captação do eleitor de Bolsonaro somado à possível migração do eleitorado de Ciro Gomes (PDT), que terminou em quarto lugar, com 3,04% dos votos válidos, para o presidente da República.
Parte das empresas usa dados não atualizados, por exemplo, do que seria a população mais pobre no país. Os representantes dos institutos dizem também que pesquisas são sempre “diagnósticos” e não “prognósticos” e, por mais que nenhuma empresa tenha acertado os 4,5% de diferença entre Lula e Bolsonaro, todos acertaram as tendências.
Com informações CNN