A Equatorial se comprometeu em pagar débitos no valor de R$ 5,7 bilhões
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a transferência da distribuição de energia no estado de Goiás da Enel para a empresa Equatorial. A venda entre as companhias ocorreu em setembro deste ano pelo valor de R$ 1,6 bilhão.
A expectativa é que a nova empresa comece a operar já em janeiro. Durante a votação, os diretores apontaram, que a Enel não cumpriu as metas de eficácia no ano de 2021 e que as análises do órgão demonstram que o fato vai se repetir em 2022. Segundo o contrato firmado com a Enel, feito no início da distribuição de energia no estado, o não cumprimento de metas já causaria o fim da concessão.
Apresentando seu voto o diretor-relator Hélvio Neves Guerra reafirmou a aprovação do plano de transferência entre as empresas “como alternativa à extinção da concessão”. Porém, foi concedido que, por três anos, a Equatorial não tenha o contrato extinto caso não cumpra os índices de eficácia devido à necessidade de tempo de adaptação da nova empresa.
Os demais desembargadores concordaram com o voto, eles consideram que a transferência entre as empresas seria menos prejudicial que abrir um processo para encerrar o contrato da Enel e, a partir de então, abrir uma nova licitação, seria o caminho a ser seguido.
A Enel passou a operar no estado, depois da compra da Celg D, em 2017. A empresa pagou R$ 2,1 bilhões e iniciou os trabalhos com a promessa de que iria reduzir os problemas em, pelo menos, 40%. Como as quedas continuaram, o governador Ronaldo Caiado começou a pressionar para que o serviço fosse repassado para outra empresa.
Após comprar o serviço de distribuição, a Equatorial se comprometeu em pagar débitos no valor de R$ 5,7 bilhões.