Foi o maior desastre radiológico do Brasil e um dos maiores do mundo fora de uma usina nuclear ⚠️
Cerca de 19g de césio-137 foram expostos a 1600 pessoas, vitimando outras 4.
O lixo radioativo de 6 toneladas foi recolhido e enterrado na unidade da Comissão de Energia Nuclear, na cidade de Abadia de Goiás (imagem 2)
Como o acidente ocorreu?
Em 1987, o Instituto Goiano de Radioterapia abandonou uma de suas sedes irregularmente, deixando para trás um aparelho de radioterapia que continha Césio-137.
Mais tarde, 2 catadores foram até a clínica abandonada e coletaram o aparelho.
Sem conhecimento, em um ferro velho, extraíram a cápsula de chumbo que continha o pó de césio.
Ambos levaram o pó brilhante azul para suas casas, fazendo-o circular entre familiares, amigos e conhecidos.
A 1º vítima foi a filha de um dos catadores, Leide das Neves, seguido da mulher e empregado de um dos catadores.
Por desconfiança, o pó foi entregue para a vigilância sanitária de Goiânia, que demorou 2 dias para identificar que a substância era radioativa.
Mais de 110 mil pessoas foram submetidas a uma “triagem” no Estádio Olímpico Pedro Ludovico, onde 49 foram internadas e 21 precisaram de tratamento intensivo.
Muitas casas foram esvaziadas, limpas e até mesmo destruídas, como o ferro velho onde a cápsula foi aberta (imagem 3)
O lixo radioativo foi armazenado em 1200 caixas e 2900 tambores, que permanecerão perigosos para o meio ambiente por 180 anos.
Porém, a prefeitura mentiu sobre a origem do problema: disse que o incidente foi apenas um vazamento de gás.
Um dos motivos dessa mentira foi porque Goiânia sediava naquele ano o GP Internacional de Motovelocidade.
A fonte do problema só foi exposta mais tarde por jornalistas.
Hoje, cerca de 60 pessoas dependem de medicamentos contínuos para lidar com os efeitos físicos e psicológicos do césio.
Outras 800 são monitoradas para acompanhar o desenvolvimento de possíveis doenças.
Alguns afetados não recebem nem 1/3 do valor que deveriam para bancar os medicamentos.
Fonte: @geopizza