Para o petista, a solução para “essa pauta da família” e “dos valores” que é, segundo ele, “uma pauta muito atrasada”, é a liberação do aborto sem qualquer pudor.
O ex-presidiário participou, na manhã da última terça-feira (05), de um debate intitulado “Brasil – Alemanha – União Europeia: desafios progressistas – parcerias estratégicas”. Ao lado da senadora petista Gleisi Hoffmann, o ex-presidente discursou no evento realizado pela Fundação Perseu Abramo (FPA) em parceria com a Fundação Friedrich Ebert (FES) que contou com a presença do ex-presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
Em suas falas, Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o assassinato de bebês como “questão de saúde pública”. Segundo ele, o Brasil precisa avançar e reconhecer o aborto como um “direito e não ter vergonha”. “Eu não quero ter um filho, vou cuidar de não ter meu filho”, vociferou.
Segundo o ex-detento mulheres pobres que abortam em ambientes clandestinos, assim o fazem enquanto “a madame pode fazer um aborto em Paris”. Lula reforça que esse problema se dá em razão de o “aborto ser ilegal”. Para o petista, a solução para “essa pauta da família” e “dos valores” que é, segundo ele, “uma pauta muito atrasada”, é a liberação do aborto sem qualquer pudor.
No vídeo divulgado pelo canal do Partido dos Trabalhadores, a partir no minuto 2:04:03, é possível acompanhar as falas do ex-presidente em defesa do aborto. Lula narrou situações de mulheres que, segundo ele, realizam o procedimento se utilizando de agulhas de crochê, chás abortivos e até mesmo de “fuligem de fogão à lenha” para matar o feto.
Para Lula “ainda tem muito a ser feito no Brasil”. “Nós precisamos governar ainda muitos, muitos, muitos e muitos anos para que o Brasil possa atingir um padrão de desenvolvimento considerado aceitável”, ameaçou.