Os satélites vão produzir imagens de alta resolução para apoiar a segurança do país e a preservação ambiental.
Os dois primeiros satélites de sensoriamento remoto radar do Projeto Lessonia – 1, da Força Aérea Brasileira, foram lançados em órbita baixa na tarde desta quarta-feira (25/05). Batizados de Carcará I e Carcará II, eles vão permitir que áreas de interesse do Brasil sejam monitoradas de forma contínua para combater crimes como tráfico de drogas e monitorar desastres naturais.
Os satélites foram colocados em órbita pelo foguete Falcon 9, da SpaceX, no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. O lançamento foi transmitido ao vivo pelas redes sociais. Militares da Força Aérea Brasileira se reuniram para acompanhar.
O Projeto Lessonia consiste na aquisição de uma constelação de satélites em órbita baixa. O sistema de imagem do projeto utiliza um Sensor Ativo de Detecção capaz de gerar imagens em alta resolução a qualquer hora do dia ou da noite, independentemente das condições meteorológicas, pois o sinal emitido atravessa as nuvens. De acordo com a Aeronáutica, cada satélite tem dimensão de um metro cúbico, pesa cerca de 100 quilogramas (Kg) e possui cinco painéis solares.
O nome dos satélites, Carcará, é uma homenagem a ave de rapina brasileira. As imagens captadas serão utilizadas também em apoio ao combate à mineração ilegal, atualização de produtos cartográficos, determinação da navegabilidade dos rios, visualização de queimadas, vigilância da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e apoio às operações de vigilância e controle das fronteiras.
Sistemas espaciais
O Lessonia integra o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE). Executado pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, ele disponibiliza produtos duais, ou seja, civis e militares, a serem utilizados de forma integrada em benefício da sociedade brasileira.
Os satélites visam atender às necessidades operacionais das Forças Armadas do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), bem como de agências governamentais.
Buscando cumprir plenamente o programa estratégico de sistemas espaciais, no futuro, também está prevista a implantação de um conjunto de satélites, de fabricação nacional, para obtenção de imagens óticas atendendo, assim, a todas as demandas governamentais.