Um grupo de empresários é investigado pela Policia Civil, suspeitos de sonegar impostos e causar prejuízos de mais de R$ 200 milhões, em Goiás. A operação “Tutano”, como foi chamada, foi deflagrada na última terça-feira, 14, por policiais da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), e pela Secretaria Estadual de Economia.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Abadia de Goiás e Trindade. De acordo com o delegado Marcelo Aires, o alvo da operação foram empresários do ramo de comercialização de subprodutos bovinos. Segundo as investigações, eles são suspeitos de usar empresas em nome de “laranjas” para simular a compra de produtos e sonegar impostos.
“Os ‘laranjas’ eram empregados desses empresários, que também possuem outras empresas, que sediam o nome para que as empresas de fachada fossem constituídas em nome deles e, assim, livrar os seus patrões do pagamento, tanto dos tributos devidos como também da responsabilização criminal”, declarou o delegado.
Segundo a Polícia, nos últimos cinco anos, os empresários venderam sebo bovino para indústrias de outros estados, que fabricam, principalmente, biodiesel e cosméticos, a partir desse material. Com a sonegação, a carga era vendida por um preço mais baixo. A Polícia Civil já sabe que pelo menos três empresas participaram do esquema, que envolveu um grupo de nove empresários e quatro “laranjas”.
Os suspeitos devem responder por associação criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica. A Polícia Civil afirma que ainda vai investigar o envolvimento de indústrias de fora de Goiás, além outras pessoas que podem estar relacionadas aos crimes.