Para ele, atualmente, muitos dos programas que existem em Goiás na área da assistência social, são frutos de seus governos que tiveram o nome trocado.
Marconi Perillo (PSDB) concedeu, na última semana, entrevista ao jornal da TV Gazeta onde fez declarações em reprovação à condução de Ronaldo Caiado especialmente na Universidade Estadual de Goiás e no auxílio do governo do estado para com a Enel. Para ele, atualmente, muitos dos programas que existem em Goiás na área da assistência social, são frutos de seus governos que tiveram “troca de nome”.
Perillo acredita que o período em que esteve longe da mídia foi importante para reflexão e descanso de sua imagem. “Eu acho que é importante a gente ter esse tempo para que as pessoas possam refletir sobre o que foi feito, sobre o que faltou fazer”, contou.
O ex-governador não deixou claro se será de fato candidato a algum cargo político em 2022, porém demonstrou entusiasmo com cotação de seu nome para disputar o governo de Goiás bem como o senado federal. Ele contou que está percorrendo o estado e realizando reuniões com apoiadores para “ver a opinião do povo”.
Segurança Pública
Sobre segurança pública, especialmente no que diz respeito ao paralelo entre números da gestão de Perillo – onde houve elevados índices de violência – comparando com os dados do governado de Ronaldo Caiado (UB), em que há uma significativa melhora no quadro, o ex-senador acusou o atual chefe do executivo de omitir dados da pasta. “Eu nunca escondi número algum. Hoje, o governo esconde números de determinadas situações na área das polícias”, afirmou.
Para o político, “ações na área de segurança pública não são de curto prazo, são de médio e longo prazo”, o que, segundo ele, seria responsável por uma parcela da justificativa dos bons resultados do atual governo no campo da seguridade. “O que ´tá’ acontecendo, hoje, é fruto de um trabalho que a gente desenvolveu ao longo do tempo”, alegou.
Ademais Perillo reconheceu não se orgulhar do baixo salário pago a policiais de terceira classe que, durante seu governo, recebiam um salário de R$ 1.500 para arriscar a própria vida em prol da segurança pública. O ex-deputado explicou que esta medida surgiu como forma de colaborar com policiais recém aprovados no concurso que recebiam o valor até o terceiro ano, enquanto estudavam para assumir a vaga e supriam a demanda de segurança no estado. “A gente precisava começar com o salário mais baixo ‘pro’ início de carreira ‘pro’ aluno soldado, ‘pra’ quando ele chegasse ao terceiro ano, ele se equiparasse” aos membros da corporação.
Mais críticas
Marconi também fez críticas à utilização das “cores do partido dele [Caiado]” em viaturas policiais e faixadas de prédios públicos. Ele reconheceu que fez o mesmo, quando foi governador, mas que, se tratando de seu caso, o Ministério Público, à época, interveio e “mandou tirar”. “Hoje parece que não tem lei aqui em Goiás. As coisas são todas erradas e não acontece isso”, acusou.
O presidente estadual do PSDB repreendeu ainda a obra no Hospital Regional de Uruaçu. Marconi alegou que Caiado utilizou o local como hospital de campanha e reinaugurou o mesmo como se fosse novo. “O hospital de Uruaçu é uma falácia, uma grande mentira”, disparou.
Gustavo Mendanha
Para Marconi, o ex-prefeito de Aparecida e pré-candidato ao governo de Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota) não é um adversário, mas alguém por quem ele nutre, em suas palavras, “respeito”. Externando apoio a Mendanha, Perillo se referiu a ele como “uma pessoa extraordinária”, elogiou, “simples, um bom ser humano que está buscando seu espaço”.
Decantação
Marconi não comentou sobre os escândalos de corrupção que envolvenram seu nome e de pessoas próximas a ele. No ano de 2018, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) arquivou a sindicância aberta para apurar a participação de Perillo na Operação Decantação.