O engenheiro de Inteligência Artificial, Blake Lemoine, de 41 anos, foi suspenso da empresa Google, após escrever um artigo no qual afirma que um sistema de processamento de linguagem natural da empresa pode ser “autoconsciente”, com “sentimentos, emoções e experiência subjetiva”. O caso foi revelado no dia 11 de junho em reportagem do jornal americano The Washington Post.
Lemoine trabalha na Google a sete anos e escreveu o artigo baseado em pesquisas internas com o software. Após testar reações do programa, o engenheiro sugeriu que o software elabora respostas com base em modelos de linguagem avançados a ponto de dizer que desejava “ser reconhecido como uma funcionária do Google, e não como uma propriedade”.
Em seu texto, Lemoine afirma que fez uma longa entrevista com o LaMDA (abreviação de Language Model for Dialogue Applications, um gerador de chatbot artificialmente inteligente do Google) e faz um alerta à empresa sobre questões éticas envolvendo os “sentimentos e emoções” dos robôs.
O Google declarou que analisou as preocupações do engenheiro e chegou à conclusão de que as “evidências não apoiam suas alegações”. Segundo o Google, não há indícios de que autoconsciência no LaMDA. A empresa também afirmou que, ao compartilhar informações sobre o experimento do programa publicamente, Lemoine violou a política interna de confidencialidade.