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Ministro Alexandre de Moraes proíbe a Polícia Federal e o CADE de investigar empresas de pesquisas

A Polícia Federal havia aberto na última quinta-feira, 13, uma investigação formal sobre os institutos de pesquisa eleitoral. O inquérito foi requisitado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, após uma representação da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL)

Foto: Reprodução

Na última quinta-feira, 13, O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) suspendeu o inquérito da PF (Polícia Federal) e a apuração do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) contra institutos de pesquisas. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

Patente, portanto, a competência desta corte eleitoral para, no exercício de seu poder de polícia, disciplinado no art. 23 do Código Eleitoral, fazer cessar as indevidas determinações realizadas por órgãos incompetentes e com indicativos de abuso de poder político e desvio de finalidade.

“Diante do exposto, torno sem efeito ambas as determinações, vedando-se a instauração tanto do procedimento administrativo pelo CADE, quanto do inquérito policial pela polícia federal, por incompetência absoluta de seus órgãos prolatores e ausência de justa causa”, afirmou o ministro

A Polícia Federal havia aberto na última quinta-feira, 13, uma investigação formal sobre os institutos de pesquisa eleitoral. O inquérito foi requisitado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, após uma representação da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Ministério da Justiça, a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa.

Já o presidente do CADE, Alexandre Cordeiro Macedo, também havia pedido na última quinta-feira, 13, a abertura de um inquérito administrativo para apurar se os institutos de pesquisa manipularam os resultados das sondagens sobre intenção de voto no primeiro turno da eleição presidencial. Em ofício enviado na última quinta-feira, 13, ao superintendente da autarquia, Alexandre Barreto e Souza, o dirigente declarou que é “improvável que os erros individualmente cometidos sejam coincidências ou mero acaso”, e indicam um “comportamento coordenado” das empresas Datafolha, Ipec e Ipespe.

Ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o CADE investiga acusações de prática de cartel, decide sobre fusões de empresas, entre outras funções ligadas à livre concorrência. A indicação de Macedo à presidência foi defendida pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). Pesquisas divulgadas pelo Ipec, Datafolha e Ipespe na véspera do primeiro turno da eleição mostravam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 49% a 51% das intenções de votos válidos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficava entre 35% e 37%. A margem de erro era de dois a três pontos percentuais para mais ou para menos.

O resultado das urnas em 2 de outubro foi de 48,43% dos votos válidos para Lula, enquanto Bolsonaro teve 43,2%. Os dois se enfrentarão no segundo turno, marcado para o próximo dia 30.

Com informações Terra Brasil Noticias

Redação Papo Aberto

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