A decisão do TSE ocorreu após a veiculação de uma live, onde um especialista divulgou levantamentos de uma auditoria privada que indicariam supostos vícios e padrões presentes nos relatórios dos resultados das urnas brasileiras. Nikolas também teve suspensos seus perfis no Instagram.
Os avanços contra a liberdade de expressão no Brasil seguem a todo vapor. Os mais novos alvos do “Xandaquistão” foram dois deputados federais democraticamente eleitos. Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG) tiveram seus perfis no Twitter bloqueados, nesta sexta-feira (04), por determinação judicial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os parlamentares foram informados pela plataforma que a “suspensão” se deu em razão da “Petição Cível nº 0601872-26.2022.6.00.0000, em trâmite no Tribunal Superior Eleitoral”. O informativo da rede social alega, ademais, que a mesma não pode “fornecer informações adicionais sobre o processo, nem dar conselho legal”.
Gayer e Nikolas receberam 200.586 e 1,47 milhões de votos, respectivamente. Seus nomes se unem, agora, ao da deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), dos cantores Zezé Di Camargo e Latino, do pastor André Valadão e do perfil de comédia “Canal Hipócritas”, todos censurados a mando da suprema corte eleitoral.
A decisão do TSE alcançou os perfis dos deputados, bem como do canal Hipócritas – que também foi retirada do ar no Instagram-, coincidentemente, após a veiculação de uma live, transmitida diretamente de Buenos Aires, na Argentina, onde um especialista divulgou levantamentos de uma auditoria privada que indicariam supostos vícios e padrões presentes nos relatórios dos resultados das urnas brasileiras divulgados pelo próprio TSE.
Por acaso, o site da transparência do Tribunal Superior Eleitoral ficou fora do ar após a veiculação em questão e se encontrava na mesma situação até o fechamento desta matéria.