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Aparecida de Goiânia comemora 59 anos de emancipação política

O município possui duas celebrações no calendário anual, a data do seu aniversário (11 de maio), que este ano comemorou 100 anos de fundação histórica e o dia em que conquistou sua autonomia administrativa (14 de novembro)

Foto: Jhonney Macena

Nesta segunda-feira, 14, Aparecida celebra seus 59 anos de emancipação política. Isto é, o município possui duas celebrações no calendário anual, a data do seu aniversário (11 de maio), que este ano comemorou 100 anos de fundação histórica e o dia em que conquistou sua autonomia administrativa (14 de novembro).

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás sancionou em 14 de novembro de 1963, a Lei nº 4.927, do então deputado estadual Iris Rezende, que elevou o então distrito de Goialândia à categoria de município de Aparecida de Goiânia. Naquele mesmo ano a cidade garantiu sua independência administrativa e começou seu desenvolvimento socioeconômico.

“Naquela época já sabendo da necessidade de deixarmos de ser distrito, situação que éramos dependentes da capital, a emancipação política de Aparecida de Goiânia foi o marco inicial no desenvolvimento da cidade. Aparecida surgia oficialmente sua autonomia, com leis próprias, com um povo trabalhador e políticos administrando”, destaca a escritora e historiadora Nilda Simone.

Antes considerada, cidade dormitório, Aparecida, agora, é uma das maiores geradoras de emprego no País com polos industriais e empresariais, que geram emprego e renda e turismo de negócios. Também se destaca pela mão de obra qualificada, com dezenas de faculdades e escolas técnicas. A população, que antes buscava atendimento médico na capital, é atendida por uma ampla rede. São dezenas de UBS’s, três UPA’s, Centro de Especialidades, maternidade e Hospital Municipal de Aparecida Iris Rezende Machado.

Empreendimentos imobiliários de alto padrão se espalham pelas diversas regiões de Aparecida atraídos, sobretudo, pela infraestrutura básica consolidada: asfalto, água, escolas, comércio, unidades de saúde, praças e parques. Em 59 anos, o número de bairros em Aparecida cresceu nada menos do que 13 vezes, passando de 23 setores, no ano da emancipação, para 305 bairros na atualidade.

Além disso, o ambiente de negócios criado na cidade tem possibilitado a fixação de novas empresas e indústrias em Aparecida. São mais de 7 polos industriais e empresariais que oferecem mais de 120 mil postos de trabalho.

“A emancipação política deu autonomia, credibilidade e possibilidade de crescimento. Deu também cidadania e dignidade para os moradores. A emancipação política de Aparecida chega aos 59 anos e a Aciag 37 anos de história. Uma entidade que colaborou e ainda colabora com o crescimento do município. Hoje temos 87 mil CNPJ ativos e isso mostra a relevância de Aparecida no cenário econômico nacional”, destacou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia, Leopoldo Moreira.

O prefeito Vilmar Mariano, que já ocupou todos os cargos públicos no município, pontua que emancipação política de Aparecida resultou em independência e crescimento para a cidade ao longo de quase seis décadas.

“A emancipação foi um marco importante que resultou em crescimento e credibilidade para o nosso município. Somos hoje a segunda maior cidade do estado de Goiás, com independência, administração própria, sendo referência em vários setores da administração, e uma cidade que está a frente do seu tempo”, afirmou.

Além dos moradores pioneiros que clamaram pela emancipação, foi determinante para a criação do município a atuação dos deputados estaduais Iris Rezende e Olinto Meirelles. Eles ficaram marcados na história pela iniciativa de propor e articular, no Legislativo Estadual, a aprovação da lei que emancipava o município de Aparecida.

Sancionada a lei de emancipação, o governador Mauro Borges Teixeira nomeou Licídio de Oliveira como primeiro prefeito de Aparecida em fevereiro de 1964. Mas em seguida veio o golpe militar, que culminou no afastamento de Mauro Borges do governo e na consequente mudança no comando da administração de Aparecida.

O então presidente da República, marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, nomeou como interventor do governo em Goiás o tenente-coronel Meira Matos. Como Aparecida de Goiânia era um município novo e representava o reduto de partido político contrário ao governo militar, foi nomeado para ocupar o cargo de prefeito o ex-combatente de guerra José Bonifácio da Silva, que governou até 31 de janeiro de 1966.

O primeiro prefeito de Aparecida eleito pelo voto direto foi Tanner de Melo. Desde então, o município já teve 12 prefeitos escolhidos democraticamente pelo povo. São eles: Tanner de Melo, Licídio de Oliveira, Elmar Arantes Cabral, Freud de Melo, José Fabiano da Silva, Norberto José Teixeira, Sebastião Lemes Viana, Ademir de O. Menezes, José Macedo, Luiz Alberto Maguito Vilela, Gustavo Mendanha e o atual prefeito Vilmar Mariano.

Quarto prefeito eleito após a emancipação de Aparecida, Freud Melo, que governou a cidade de 1978 a 1981, é um dos que contam a história da cidade em livros. Na obra Aparecida de Goiânia, do zero ao infinito, ele pontua que, “se Aparecida de Goiânia veio do nada, não é menos verdadeiro que com o correr do tempo conheceu uma pujança genérica sem limites”.

Vilmar Mariano afirma que todos os gestores contribuíram, cada um no seu tempo, com o crescimento de Aparecida. “Cada um dos prefeitos, no seu mandato, contribuiu para que Aparecida fosse o que ela é hoje. Somos uma cidade grande, que gera emprego e renda, que busca se modernizar a cada dia e que acolhe gente do país inteiro”, concluiu.

Crície Sampaio

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