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A liberdade, a igualdade, a fraternidade e o amor venceram

“Aqueles que criminosamente não estão aceitando, aqueles que criminosamente estão praticando atos antidemocráticos, serão tratados como criminosos, e as responsabilidades serão apuradas”. Que reais intenções estariam por trás deste lema?

Danton, Marat e Robespierre, revolucionários jacobinos responsáveis pelo “Comitê de Salvação Pública” que deu início ao Período do Terror, durante a Revolução Francesa. Imagem: Reprodução Lambinet-Siren-Com


Durante o Período do Terror, Robespierre, Danton e Marat criaram o “Comitê de Salvação Pública” que visava conter os “atos antirrevolucionários”. Seu lema? “O governo da Revolução é o despotismo da liberdade contra a tirania”.

Neste comitê, estavam os membros mais radicais que aprovaram a “Lei dos Suspeitos”, em 17 de setembro de 1793, que deveria vigorar por dez meses.

Tal lei permitia que qualquer cidadão, homem ou mulher, que fosse suspeito de conspirar contra a Revolução Francesa, fosse detido e morto.

Não por coincidência, em 1792, a França era apresentada à sua mais nova invenção, criada para “tornar as mortes mais humanas”: a Guilhotina.

Cidadãos de todas as classes sociais foram vítimas da barbárie revolucionária que seguia direções claras do Comitê de Salvação Pública. Desde simples camponeses, passando por pobres freiras Carmelitas até chegar ao Rei e à Rainha.

Milhares de pessoas inocentes foram brutalmente assassinadas porque um grupo decidiu que sabia o que era melhor para o povo. Mas, não se engane, os revolucionários não chegaram ao poder matando, roubando e destruindo logo de cara, longe disso. Faziam todas essas coisas e chamavam de “liberdade, igualdade e fraternidade”.

Stalin, antes de condenar milhões de russos e ucranianos à morte por inanição, chamou isso de “Coletivização da terra” cujo objetivo era a “industrialização” do país. Pelas mesmas razões, escravizou parte da população em campos de trabalho forçado. Tudo pelo “progresso”.

O Holodomor – grande fome que dizimou o povo entre 1932 e 1933; o expurgo – período marcado pela perseguição e assassinato de grupos minoritários; os gulags – campos de concentração comunistas; e, com estes, o saldo de milhões de vidas perdidas era o preço da revolução. “Paz, terra, pão e trabalho”, era seu lema.

Mais recentemente, num certo outro país, criou-se também um comitê de salvação pública que estabelece leis “provisórias” voltadas para o tolhimento da liberdade de expressão de “suspeitos”.

Embora expurgue algum cidadão aqui e ali, tudo é pelo progresso e pela democracia. É bem verdade que não há respaldo jurídico na coisa, mas a tirania está repleta de nobres intenções de zelar pelo coletivo.

“Aqueles que criminosamente não estão aceitando, aqueles que criminosamente estão praticando atos antidemocráticos, serão tratados como criminosos, e as responsabilidades serão apuradas”. Que reais intenções estariam por trás deste lema?

Quando um personagem ou grupo político precisa criminalizar a verdade para te proteger do que eles mesmos classificam como mentira, perigo à vista! Se censurarem em nome de “democracia”, alerta vermelho!

Caso chegue ao ponto de acusarem aqueles que corajosamente se levantam contra a opressão de “inimigos da pátria”, “antirrevolucionários” ou, quem sabe, de “antidemocráticos”, lembre-se do horror francês e do genocídio soviético, é péssimo sinal!

A liberdade, a igualdade, a fraternidade, a paz, a terra, o pão, o trabalho e o amor venceram.

Amanda Caixeta

Cristã protestante e jornalista à direita.

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