A condenação de pagamento por danos materiais e morais por parte da empresa aérea foi emitida por juiz do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Saindo de Goiânia com destino ao estado do Rio de Janeiro, um casal, que preferiu não se identificar, foi expulso de um voo momentos após o embarque. O motivo? A mulher, de máscara, avisou que precisaria retirá-la para [sic] comer. A sentença foi proferida sobre o caso que ocorreu em novembro do ano passado.
A condenação de pagamento por danos materiais e morais por parte da empresa aérea foi emitida por juiz do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.
O caso
No referido voo, Laura e Ricardo (pseudônimos) avisaram que a mulher, que sofre com hipoglicemia reativa, precisaria se alimentar durante a viagem – o que estava proibido, no momento, em função das regras sanitárias de prevenção à covid-19.
Na sequência, o casal foi atendido por Marco (pseudônimo) que os tratou, de acordo com a defesa do casal, de forma grosseira e arbitrária. “Fica quieta! Quem manda aqui sou eu…eu falo, você obedece e ponto!”, impôs.
Mesmo com a apresentação do documento médico e sob a explicação de que se tratava de uma questão de saúde – respaldada pelo inciso 7º do artigo 3º-A da Lei 13.979/2020, que libera do uso da máscara pacientes em determinados contextos clínicos – o que era o caso de Laura, o comissário insistiu que ela não poderia ficar sem o objeto facial e procedeu com a expulsão do casal da aeronave.
“Destaca-se”, conta a defesa de Laura, “que em momento algum [ela] se negou a utilizar a máscara”. Para evitar maiores transtornos, a mulher que noutros voos, em dadas próximas já havia lidado com a mesma questão sem qualquer tipo de problema, se comprometeu a não retirar a proteção, ainda que isso contrariasse a recomendação médica.
O funcionário não aceitou o acordo e “de forma truculenta” acionou a Polícia Federal que expulsou o casal a pedido de Marco. Laura e Ricardo foram expulsos sem explicação por parte dos representantes da companhia aérea ou dos agentes policiais.
Mesmo em uso da máscara, Laura e Ricardo foram postos para fora do avião sob aplauso dos demais passageiros.
Hoje, 1 anos após o constrangimento, o casal sai vitorioso na justiça.