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MPGO cumpre mandados de prisão contra grupo suspeito de fraudar licitações em 34 cidades do estado de Goiás


Segundo MPGO, o grupo recebeu R$ 300 milhões entre 2015 e 2022 de verba dos municípios goianos. Será realizado o bloqueio de bens no valor de R$ 173 milhões. Todos os envolvidos devem responder por fraude, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes

Foto: Reprodução MPGO

Nesta quarta-feira, 07, o Ministério Público de Goiás (MPGO), deflagrou a segunda fase da operação “Limpeza Geral”, afim de cumprir mandados contra um grupo suspeito de fraudar licitações em pelo menos 34 cidades de Goiás.

De acordo com MPGO, o grupo recebeu R$ 300 milhões entre 2015 e 2022 de verba dos municípios goianos. A operação acontece por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI). Devem ser cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão.

Segundo o MPGO, além das fraudes, o grupo é suspeito de desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro e outros crimes. Conforme divulgado pelo órgão, o grupo criou várias empresas em nomes de “laranjas” para simular concorrências em licitações. Segundo a investigação, os membros da organização criminosa, inclusive com envolvimento de agentes públicos, forjavam a contratação direta (sem licitação) das empresas para viabilizar desvios de recursos, por serviços ou bens que não eram executados ou entregues.

As empresas criadas não tinham estrutura física, e mesmo assim, possuíam uma vasta lista de atividades descritas nos contratos. A investigação aponta que essa tática era uma forma de possibilitar o uso das empresas em contratações públicas envolvendo diversos ramos, como: locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos, cantores sertanejos e afins, fornecimento de mão de obra (pedreiro, pintor, servente etc.), serviços de limpeza, locação de veículos, e até materiais higiênicos e hospitalares destinados ao combate da covid-19.

A força-tarefa envolveu 30 promotores de Justiça, 23 delegados, 65 agentes e 100 policiais militares, além de integrantes da Polícia Penal e do Corpo de Bombeiros de Goiás, o MPGO realiza a operação em diversos municípios, inclusive Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Nerópolis, Leopoldo de Bulhões, Campo Limpo de Goiás, Silvânia, Pirenópolis, Luziânia, Iporá, Rubiataba, Araguapaz, Uruaçu, Campos Verdes e Crixás. Policiais também estiveram em Palmas-TO.

Segundo o MPGO, deve ser realizado o bloqueio de bens no valor de R$ 173 milhões. Todos os envolvidos devem responder por fraude, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes.

Crície Sampaio

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