Ele é suspeito de facilitar que o irmão, Daniel Alexandrino, desviasse recursos de contratos firmados pelo estado para a aquisição de produtos hospitalares durante a pandemia de Covid-19
Uma operação da Polícia Civil investiga uma empresa suspeita de fraude na prestação de serviços médicos em hospitais de Goiás. Daniel Alexandrino, irmão do ex-secretário Saúde, Ismael Alexandrino, foi preso em São Luís dos Montes Belos.
O ex-gestor público é alvo de busca e apreensão em Goiânia. Ele é suspeito de facilitar que o irmão, Daniel Alexandrino, desviasse recursos de contratos firmados pelo estado para a aquisição de produtos hospitalares durante a pandemia de Covid-19. O valor dos contratos supera o valor de R$ 10 milhões, segundo a Policia Civil, responsável pela operação.
Daniel foi preso junto de outras duas pessoas identificadas como Andreia e Fernando, que atuariam como ‘laranjas’. Eles são investigados por corrupção e desvio de dinheiro em Organizações Sociais (OSs) na compra de medicamentos, respiradores e outros produtos hospitalares.
Até o momento, a PC cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e três de prisão, além do bloqueio e sequestro de bens. Ismael Alexandrino já foi investigado em outras ocasiões por corrupção.
Leia a nota da defesa de Ismael Alexandrino na íntegra
Sobre os recentes acontecimentos, a defesa esclarece que o ex-secretário estadual de Saúde Ismael Alexandrino está colaborando com as autoridades na referida investigação, inclusive ao fornecer a senha de seu aparelho de telefone celular.
Enfatiza-se que, durante a sua gestão à frente da Secretaria Estadual de Saúde, Ismael sempre garantiu total transparência e lisura em todos os processos da Pasta. Tal fato fez com que a SES atingisse 100% de pontuação no Goiás Mais Transparente 2022, permanecendo com o Selo de Ouro da premiação, segundo a Controladoria Geral do Estado (CGE) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Sobre a investigação, a defesa aponta que requererá acesso aos autos para verificar possíveis nulidades como a ausência de contemporaneidade para o ato e a usurpação de competência da Justiça Federal e do Supremo Tribunal Federal.
Por fim, esclarece-se que o ex-secretário de Saúde continuará à disposição das autoridades para eventuais esclarecimentos que se fizerem necessários.