De acordo com as investigações, o irmão do ex-secretário usou dois laranjas para facilitar o contrato de sua empresa com o governo, já que ele não poderia contratar com o poder público, devido ao seu parentesco com Ismael Alexandrino (PSD)
O juiz da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, Alessandro Pereira Pacheco, determinou a soltura dos três presos pela Operação Sinusal. Entre os soltos está o médico Daniel Alexandrino, irmão do deputado federal eleito e ex-secretário de Estado da Saúde Ismael Alexandrino (PSD).
Segundo o Juiz, para manter as prisões teria que ser apresentado motivo imprescindível. Ele entendeu que não foi o caso. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Decarp) pediu a prorrogação da prisão dos três com o argumento de que cinco dias não seria tempo suficiente para analisar o material apreendido pela operação. O juiz negou a prisão e determinou a soltura.
Eles foram presos na operação que investiga a subcontratação da empresa Amme Saúde LTDA pela organização social Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC), responsável por quatro hospitais goianos. De acordo com as investigações, Andreia Lopo era tida como dona da Amme, que é ex-secretária da clínica particular de Daniel Alexandrino. Entretanto, ela seria uma laranja de Daniel, assim como Fernando Borges.
A polícia afirma que o irmão do ex-secretário usou Andreia e Fernando para viabilizar o contrato de sua empresa com o governo, já que ele não poderia contratar com o poder público, devido ao seu parentesco com Ismael.
A defesa do deputado Ismael Alexandrino (PSD), informou que ele colabora com a investigação e que, durante a gestão à frente da SES, Ismael sempre garantiu total transparência em todos os processos da pasta.