De acordo com um decreto do presidente angolano, João Lourenço, o novo contrato é de pouco mais de US$ 1 bilhão. Ou seja: cerca de R$ 5 bilhões, na cotação atual. Segundo a revista Forbes África Lusófona, trata-se de um projeto ferroviário que se estende por 260 quilômetros
A construtora Odebrecht vai voltar a atuar em Angola em 2023. Junto com a Bento Pedroso Construções, que integra o grupo, a empresa brasileira conseguiu um contrato bilionário para construir uma linha férrea no país africano.
De acordo com um decreto do presidente angolano, João Lourenço, o novo contrato é de pouco mais de US$ 1 bilhão. Ou seja: cerca de R$ 5 bilhões, na cotação atual. Segundo a revista Forbes África Lusófona, trata-se de um projeto ferroviário que se estende por 260 quilômetros. O traçado liga o litoral ao interior do país, permitindo o transporte de cargas entre as províncias de Benguela até Moxico, informou a Revista Oeste.
No passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do Brasil emprestou dinheiro para construção de obras lideradas pela Odebrecht e outras construtoras em Angola. O site da instituição de fomento brasileira registra que, entre 1998 e 2017, foram desembolsados US$ 10,5 bilhões para a exportação de serviços de engenharia.
Por volta de 75% desse valor foi empregado em território angolano. Além disso, quase US$ 10 bilhões dessa verba serviu para financiar projetos encabeçados pela Odebrecht e outras cinco construtoras. Na esteira do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade, os executivos dessas mesmas empresas assinaram acordos de deleção premiada confessando crimes que desviaram bilhões dos cofres públicos, por meio de propinas a políticos e partidos como o PT.
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