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Ministério da Saúde deixa de recomendar uso das vacinas da AstraZeneca e Janssen por risco de trombose

“as formas clínicas mais frequentemente reportadas foram de trombose venosa cerebral, mas também há relatos de trombose de veias intrabdominais, tromboembolismo pulmonar e tromboses arteriais”

Foto: Reprodução

Em 27 de dezembro de 2022, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica sobre as vacinas da AstraZeneca e Janssen contra a covid-19, depois de identificar riscos de trombose, sobretudo em mulheres. No documento, a pasta deixa de recomendar o imunizante a pessoas com menos de 40 anos.

Segundo o texto, “as formas clínicas mais frequentemente reportadas foram de trombose venosa cerebral, mas também há relatos de trombose de veias intrabdominais, tromboembolismo pulmonar e tromboses arteriais”. Pode ocorrer ainda sangramento de “forma significava e inesperada”.

Adiante, o documento menciona registros de casos da doença no Brasil.

“Do total de 40 casos prováveis e confirmados de síndrome de trombose com trombocitopenia distribuídos por dose de vacina para covid-19, notificados no e-SUS Notifica Brasil (excluindo-se São Paulo), 34 foram atribuídos à vacina da AstraZeneca”, constatou o texto. Os registros dos incidentes datam entre janeiro de 2021 e 17 de setembro de 2022. A maioria ocorreu duas semanas depois da vacinação.

“Em alguns países da União Europeia, o uso da vacina da AstraZeneca foi temporariamente suspenso, como uma medida de precaução, devido a relatos de ocorrência de distúrbios de coagulação em pessoas que receberam a vacina”, lembrou o Ministério da Saúde.

Segundo a Revista Oeste, em nota, a AstraZeneca disse que sua vacina contra a covid-19 “apresenta um perfil de segurança favorável, assim como já declarado pela Organização Mundial da Saúde e outros órgãos internacionais, em que os benefícios da vacinação superam quaisquer riscos potenciais”.

“É importante ver que esta análise, conduzida a partir de um grande banco de dados de registros eletrônicos de saúde, constatou que a mortalidade por todas as causas, incluindo a cardíaca, não aumentou entre os jovens que receberam vacinas contra a covid-19”, disse a empresa, no comunicado.

Aline Coelho

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