Após o pedido de arquivamento, a PGR, reconheceu que Gilmar Mendes havia enviado uma manifestação à Presidência do STF ainda no dia 19 de março, dentro do prazo
A Procuradoria Geral da República (PGR), desistiu de arquivar um inquérito aberto para apurar se o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), ofendeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O órgão denunciu o senador por crime de calúnia, conforme a TV Globo.
De acordo com O Metrópoles, o inquérito trata sobre três declarações de Kajuru contra Gilmar Mendes, em uma delas o senador acusou o ministro de “vender sentenças”.
O arquivamento foi pedido pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo no início de abril, alegando que Mendes não havia se manifestado sobre o interesse em processar o senador no prazo estipulado.
No entanto, após o pedido de arquivamento, a PGR, reconheceu que Gilmar Mendes havia enviado uma manifestação à Presidência do STF ainda no dia 19 de março, dentro do prazo.
“Ao atribuir falsamente a prática do crime de corrupção passiva ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, o denunciando agiu com a nítida intenção de macular a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando descredibilizar a sua atuação como magistrado da mais alta Corte do país”, escreveu a vice-PGR.
Em uma entrevista à Rádio Jovem Pan em agosto de 2020, Kajuru afirmou que as palestras ministradas por Mendes seriam “vendas de sentença”. O senador ainda usou termos pejorativos para se referir ao ministro do STF.
“O Gilmar Mendes não é o único. Não tem ninguém lá pior do que ele, ele é de quinta categoria, ele é realmente assim de você chegar e colocar … colocar de pé, tipo assim, para mostrar quem que roubou, quem que foi mais canalha, você faz uma fila, é claro que o primeiro nome é o dele, vai ser o mais citado, o mais comentado”, afirmou Kajuru na entrevista.